domingo, 10 de janeiro de 2010

Reflexão sobre o 2º módulo

No segundo módulo da formação produziram-se materiais didácticos que permitissem trabalhar a aquisição das diferentes competências previstas no novo programa. Partilharam-se e discutiram-se as diversas actividades propostas, adquirindo-se, assim, um conhecimento mais profundo sobre a forma como trabalhar as diferentes competências. Tratou-se, portanto, de um módulo muito interessante e bastante produtivo.
Ao nível da Compreensão Oral, foi deveras interessante a introdução do conceito de auto-avaliação como forma de consciencializar os alunos para as suas dificuldades, permitindo que estes reflictam e trabalhem no sentido de as ultrapassar. Por outro lado, procedeu-se, também, à desconstrução do conceito de oralidade baseado exclusivamente na noção que esta competência apenas avalia o que o aluno ouve, isto é, o texto oral. Na verdade, tornou-se ponto assente que o conceito de oralidade é muito mais abrangente e que permite a produção de actividades indubitavelmente interessantes.
Em relação à competência escrita, as actividades desenvolvidas privilegiaram os momentos referentes à planificação do texto e à sua revisão. Verificou-se, que a construção de um texto terá de assentar numa planificação sólida do mesmo, pelo que, o trabalho ao nível desta competência deverá ir no sentido dos alunos interiorizarem e aplicarem o conceito de planificação do texto. Já no que concerne à revisão do texto, pretende-se que o aluno desenvolva o seu sentido de autonomia, bem como o seu espírito crítico, tornando-se capaz de localizar e reflectir sobre os seus erros, trabalhando no sentido de os corrigir.
No concernente às competências relativas ao Conhecimento Explícito da Língua, fez-se recurso ao vulgarmente designado “ensino pela descoberta “guiada”, em que o aluno é orientado pelo professor no sentido de adquirir os conceitos trabalhados de uma forma mais autónoma. Assim, atribui-se o papel principal ao aluno como autor da sua própria aprendizagem. As actividades promovidas assumiram a forma de Laboratório Gramatical, onde o aluno analisa a informação disponibilizada, “descobrindo” a regra e aprofundando, num último momento, a aprendizagem adquirida.
Neste ponto, importa referir que as competências da oralidade e da escrita assentam no conhecimento Explícito da Língua, tendo sido esclarecido que este conceito não equivale à competência do Funcionamento da Língua.
Em último lugar, abordou-se de forma breve, o conceito de anualização que, em substituição do conceito de ‘planificação’, apresenta uma nova forma de planificar a longo termo, com base nas competências previstas no programa, e expondo os conteúdos por ciclo de ensino e não por ano lectivo. Constituindo-se como uma nova forma de trabalhar para todos os colegas, é efectivamente importante que se partilhem e discutam as propostas de cada um, contribuindo para a optimização das mesmas.

“Quem, pelo caminho que traçou a si mesmo, dissipou as suas dúvidas é um sábio.” - Buda