segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Reflexão sobre a formação no âmbito do Programa de Português para o Ensino Básico

O meu primeiro contacto com novo programa de Português ocorreu no ano lectivo anterior e, devo confessar, na altura pouca importância lhe atribuí. Após uma leitura na diagonal, fiquei com a ideia de que se tinham introduzido algumas alterações que poderiam ser importantes para a prática pedagógica, no entanto, continuei a trabalhar com o programa em vigor, esperando pelo momento em que teria efectivamente de lidar com o novo documento.
Foi, portanto, com alguma surpresa e com certo receio, que recebi o contacto do Conselho Executivo para ingressar nesta acção de formação. Até porque, já tinha sido realizada uma sessão sobre o primeiro módulo, à qual não compareci. Senti, por isso, algum receio de não conseguir acompanhar os colegas que já tinham passado pela experiência anterior, mas vi-me compelida a aceitar por reconhecer que seria uma formação capaz de me fazer reflectir e, posteriormente, melhorar a minha própria prática lectiva.
O primeiro passo foi, então, analisar o novo programa do Português. Tornou-se claro, para mim, que foram introduzidas “novidades” e reforços pertinentes e que indubitavelmente constituirão uma mais-valia para o ensino do Português. Desde logo, favorece uma aprendizagem baseada no princípio da progressão, apresenta-nos uma articulação vertical entre os três ciclos, define os resultados esperados nas diferentes competências por ciclo, valoriza a oralidade, integra a nova terminologia linguística (TLEBS), reforça a exigência do conhecimento do conhecimento explícito da língua, valoriza as TIC como ferramenta de aprendizagem, reforça a importância dos documentos orientadores que se encontravam dispersos…
Mais familiarizada com o documento, reuni com a colega do terceiro ciclo e secundário que também frequenta a formação, de forma a inteirar-me do conteúdo da primeira sessão.
Por outro lado, não posso deixar de referir que sinto ter alguma falta de disponibilidade temporal para participar nas actividades e nos fóruns tanto quanto desejaria.
Outro desafio será a replicação da formação aos colegas. Veremos como decorre.
Como nota final, acrescento que é com entusiasmo que encaro a possibilidade de implementar em contexto de sala de aula, novas actividades de acordo com o novo programa de Português, pois, só com a prática efectiva no “terreno” é que se pode efectivamente verificar a validade deste novo instrumento de trabalho com que todos teremos de lidar no futuro imediato.